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VocĂȘ Sabia que o primeiro brasileiro a ser capa da Revista Time foi um paraense?

  • Foto do escritor: SMCP ParĂĄ
    SMCP ParĂĄ
  • 29 de jan.
  • 2 min de leitura


AfrĂąnio do Amaral: O Paraense que Revolucionou a Herpetologia e a SaĂșde PĂșblica


No dia 28 de janeiro de 1929, o cientista paraense Afrùnio do Amaral fez história ao se tornar o primeiro brasileiro a estampar a capa da revista Time. Sua trajetória foi marcada por inovaçÔes na pesquisa sobre répteis e na produção de soros antiofídicos, consolidando-se como um dos herpetólogos mais renomados do mundo.



Nascido em BelĂ©m, no dia 1Âș de dezembro de 1894, AfrĂąnio iniciou seus estudos na capital paraense, mas mudou-se com a famĂ­lia para Salvador, onde cursou a Faculdade de Medicina da Bahia.


Seu talento foi reconhecido desde cedo, recebendo uma premiação por sua tese sobre filariose, que lhe garantiu uma viagem de estudos por CanadĂĄ, Estados Unidos e Europa. Durante essa jornada, especializou-se em saĂșde pĂșblica e medicina tropical na Universidade de Harvard, nos Estados Unidos.



De volta ao Brasil, fixou residĂȘncia em SĂŁo Paulo e, em 1917, aceitou o convite do cientista Vital Brazil para integrar o Instituto Butantan. Com a saĂ­da de Vital Brazil, assumiu a direção da instituição em 1919, tornando-a um dos principais centros mundiais de pesquisa sobre venenos e produção de soros.


Sua gestão priorizou a internacionalização das pesquisas e a modernização da produção de vacinas, trazendo especialistas do Instituto Oswaldo Cruz e pesquisadores estrangeiros.

Em 1925, com reconhecimento global pelos avanços no estudo de soros antiofídicos, Afrùnio foi convidado para lecionar em Harvard, onde dirigiu os serviços antiofídicos e fundou o Antivenin Institute of America, inspirado no Instituto Butantan.


Além de suas contribuiçÔes científicas, Afrùnio também se destacou na educação. Foi cofundador da Escola Paulista de Medicina em 1933, ao lado de Octåvio de Carvalho, e ajudou a estruturar o regimento interno da instituição.


Foi ainda membro da sociedade mantenedora do Hospital São Paulo e um dos idealizadores e fundadores da Universidade de São Paulo (USP), criada em 1934.



AfrĂąnio tambĂ©m atuou como Consultor da Organização Mundial da SaĂșde (OMS) e da ComissĂŁo Internacional de Nomenclatura ZoolĂłgica, consolidando seu papel como referĂȘncia mundial na pesquisa de serpentes.


Ao longo de sua carreira, identificou e descreveu 15 novos gĂȘneros e 40 novas espĂ©cies de rĂ©pteis e anfĂ­bios, incluindo a famosa jararaca-ilhoa.



Com 442 publicaçÔes entre livros e artigos científicos, Afrùnio abordou temas como ofidismo, historiografia e filologia médica. Sua obra mais famosa, "Serpentes do Brasil" (1977), é uma iconografia detalhada com 582 ilustraçÔes coloridas de serpentes brasileiras, considerada um marco na literatura científica.


A Sociedade MĂ©dico-CirĂșrgica do ParĂĄ (SMCP) rende homenagem ao ilustre mĂ©dico paraense AfrĂąnio do Amaral, cuja trajetĂłria brilhante elevou o nome do Brasil no cenĂĄrio cientĂ­fico mundial.


Seu legado na pesquisa, na educação mĂ©dica e na saĂșde pĂșblica continua inspirando geraçÔes de profissionais.


Como instituição comprometida com o desenvolvimento da medicina no estado, a SMCP se orgulha de lembrar e celebrar a vida e as conquistas desse grande cientista, cuja dedicação e inovação trouxeram avanços inestimĂĄveis para a ciĂȘncia e a humanidade.


Equipe SMCP


Fotos: Divulgação.

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